Com Amyr Klink a bordo, expedição Honda – Pra Lá do Fim do Mundo largou de São Paulo rumo a Puerto Toro, o vilarejo mais austral do planeta
Amyr Klink chegou 9 minutos antes do horário. Quis saber em qual carro viajaria. Abriu o porta-malas do Honda HR-V e começou a acomodar suas bagagens. Além de uma mala de tamanho médio, trazia uma caixa de livros e um barco inflável. Ao ver o motor de popa acomodado, já amarrado, no porta-malas, sugeriu mudá-lo de lugar. Pediu que os quatro carros fossem estacionados de ré um para o outro, com os porta-malas próximos. Pediu também que cada um dos viajantes colocasse suas bagagens no centro da nova formação. Como havia anunciado, tirou o motor de popa do porta-malas e, com ajuda, o colocou no chão sob o banco traseiro rebatido. Além das bagagens pessoais dos nove integrantes da equipe, Amyr acomodou um gerador Honda EU 10i e caixas de equipamentos de vídeo e fotográficos.
A coletiva de imprensa sobre a expedição Honda – Pra Lá do Fim do Mundo começou às 10h30 com a presença de mais de 20 jornalistas das editorias de viagem, meio ambiente e automóvel. Joel Leite, idealizador da viagem e diretor da ECOInforme, falou sobre a gênesis do projeto e sobre a pegada sustentável da viagem. Serão plantadas 45 árvores para neutralizar a emissão de CO2 pelos quatro veículos nos 7.500 quilômetros entre São Paulo e Puerto Toro, o vilarejo mais austral do planeta. Amyr subiu ao palco e contou um pouco de suas sagas pelos oceanos. Depois, deu detalhes do roteiro da viagem. Explicou o porquê do nome da viagem. “Os turistas estão acostumados a ir para Ushuaia e dizer que é ali o fim do mundo”, disse. “No entanto, Puerto Williams e Puerto Toro, no Chile, depois do canal de Beagle, estão ainda mais ao sul. E é pra lá que nós vamos.”
Depois de responder às perguntas dos jornalistas e convidados, Amyr, Joel e a equipe partiram. A primeira rodovia da viagem foi a Régis Bittencourt. Cheia de obras, lotada de pedágios e em bom estado de conservação. Mas é fato que este primeiro dia é apenas um aquecimento, sem sombra da beleza a ser encontrada daqui para frente. Amyr fez questão de sentar no banco do passageiro. Colou com fita velcro um ipad, um celular e um GPS no painel. Pouco antes de passar por Curitiba, sugeriu uma parada para comer um pastel frito na hora em um restaurante de beira de estrada, próximo à Campina Grande do Sul.
17h: Após os primeiros 350 quilômetros, os tanques foram preenchidos de etanol. A média feita pelos carros variou de 11 a 12,5 km/litro. Sol e chuva se alternaram no caminho até a chegada a Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegamos às 21h para pernoitar no Infinity Blue Resort. No jantar, Amyr, mais relaxado depois da tensão da largada, contou detalhes de suas viagens, exaltou as energias solar e eólica, e maldisse Fernando de Noronha, que, segundo ele, poderia ser um exemplo de preservação ambiental. “Mas, ao contrário, faz tudo errado.” Entre outras, o navegador falou: “Construíram um porto apenas para trazer combustível para gerar energia termoelétrica que serve para esquentar a água dos chuveiros das pousadas”. A noite terminou com uma conversa sobre o roteiro do dia seguinte. Amyr tirou algumas cartas da manga que alteraram levemente um pedaço da jornada. Confira no próximo diário de bordo.
Veja como foi o décimo primeiro dia
Veja como foi o décimo segundo dia
Veja como foi o décimo terceiro dia
Veja como foi o décimo quarto dia
Veja como foi o décimo quinto dia
Veja como foi o décimo sexto dia
Veja como foi o décimo sétimo dia