Depois de dois anos e meio, lama da barragem rompida ainda impacta o meio ambiente
Um estudo feito por pesquisadores de universidades federais do Brasil e da Espanha mostrou que, mesmo depois de dois anos e meio do vazamento dos 50 milhões de metros cúbicos de mineração do reservatório da Samarco, a lama da barragem rompida no distrito de Bento Rodrigues, Minas Gerais, continua se espalhando no litoral do Espírito Santo.
O professor de ciência do solo, Tiago Osório, lembra que “a ideia era de que o material do acidente ficasse nas proximidades do município de Mariana, no entanto, a lama chegou a uma vila no litoral do Espírito Santo, região com intensa atividade de pesca e turismo, onde o Rio Doce deságua”.
O rejeito está contaminado por metais pesados como cobre, manganês, zinco, cromo, cobalto, níquel e chumbo, que podem ser liberados no ambiente e causar um novo desastre. “Alguns desses metais são tóxicos e podem se acumular em plantas e peixes acarretando efeitos nocivos sobre a fauna e a flora”, explicou o professor Tiago.
Para os pesquisadores, a contaminação não deve ser considerada como está hoje, a visão para o problema deve ser dinâmica para acompanhar o avanço do rejeito e tratar para não prejudicar mais ainda o meio ambiente em toda a região contaminada.