O Brasil ficou em quarto lugar no ranking de novas adições da capacidade, de acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), atrás apenas de China, Estados Unidos e União Europeia. Além disso, liderou em custo competitivo: a energia eólica terrestre (onshore) teve média de US$ 30/MWh, enquanto a solar fotovoltaica ficou em US$ 48/MWh, entre os menores valores do mundo.
O novo relatório da Irena aponta que 91% dos projetos renováveis comissionados no último ano foram mais baratos que qualquer alternativa fóssil. Em média, a energia solar foi 41% mais econômica do que a fonte fóssil mais barata, e a eólica onshore, 53% mais acessível.
No Brasil, embora a hidrelétrica ainda forneça mais da metade da eletricidade, o crescimento acelerado da solar e da eólica mostra um processo de diversificação robusto. Leilões públicos com contratos de longo prazo e estabilidade regulatória têm sido fundamentais para atrair investimentos e reduzir riscos financeiros.
A adição de 582 gigawatts em capacidade renovável no mundo em 2024 resultou em uma economia estimada de US$ 57 bilhões em combustíveis fósseis evitados. A Irena calcula que o total de economias, considerando todos os projetos em operação, pode ter alcançado até US$ 467 bilhões.
Apesar dos avanços, o relatório alerta para desafios: gargalos na rede elétrica, altos custos de financiamento em países emergentes e atrasos em licenciamento ainda dificultam a expansão. No caso brasileiro, investimentos em armazenamento, digitalização e modernização da infraestrutura serão essenciais para sustentar o crescimento das renováveis.
“A era dos combustíveis fósseis está desmoronando. As renováveis são mais baratas, seguras e já dominam o investimento global”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.





