Felino está na lista de ameaçado de extinção

Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii), espécie ameaçada de extinção, nasceu no dia 25 de dezembro no Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu. O animal, do sexo masculino, foi microchipado para ter uma identificação permanente.

O nascimento foi muito comemorado pela equipe técnica de Itaipu. Em 36 anos, nasceram no refúgio 34 gatos-maracajás, mas havia cinco anos que a espécie não se reproduzia no local. Atualmente, o plantel conta com 12 animais da espécie, incluindo o novo integrante da família.

O gato-maracajá vai ficar com a mãe por seis meses, em recinto do zoológico, e poderá ser visto pelos visitantes. O felino deverá integrar um programa de reprodução em cativeiro, no próprio refúgio de Itaipu ou em outro zoológico ou criadouro.

“Não há muitos animais desta espécie em cativeiro. É um animal que precisa se reproduzir para que possamos avançar em outros projetos”, explicou o médico veterinário Pedro Teles, da Itaipu, referindo-se a programas de reintrodução da espécie na natureza.

O gato-maracajá pode chegar a quase um metro de comprimento e cerca de cinco quilos. É um animal silvestre, encontrado em quase todo o território brasileiro, especialmente na Mata Atlântica. É confundido com a jaguatirica, devido à coloração dourada com pintas e rosetas pretas. No entanto, é menor e possui cauda, patas, olhos e orelhas maiores proporcionalmente.

O Refúgio Biológico Bela Vista é considerado referência para a melhor compreensão da fisiologia e reprodução da espécie, pela quantidade de animais em seu plantel e por mais de três décadas de conservação da espécie.

 

Crédito: Sara Cheida / Itaipu Binacional