No campo paulista, a energia solar já faz parte da rotina. São mais de 24 mil usinas instaladas, abastecendo cerca de 32 mil propriedades rurais em 607 municípios. Irrigação, bombeamento de água, eletrificação de cercas e iluminação são algumas das atividades que passaram a depender do sol. A força do agronegócio tem sido essencial para impulsionar a expansão da geração distribuída no estado.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), São Paulo já soma 5,8 gigawatts (GW) de capacidade instalada em 2025 — crescimento de 38% em relação ao ano anterior. Desse total, mais de 500 megawatts (MW) vêm do uso no setor rural.
Para acelerar ainda mais esse processo, o Governo de São Paulo, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), oferece linhas de crédito específicas para instalação de painéis solares. Os financiamentos chegam a R$ 250 mil para pessoas físicas e R$ 500 mil para pessoas jurídicas, com até 84 meses para pagar e 12 meses de carência.
“O Feap tem sido um grande aliado do produtor rural paulista, promovendo uma agricultura mais limpa, eficiente e com menor custo de produção”, afirmou Felipe Alves, secretário executivo do fundo.
A política energética do estado também foca na integração entre produção e sustentabilidade. “A facilitação de acesso às energias renováveis é uma política de transição energética que irá marcar esta gestão paulista”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
Além do financiamento, o estado investe em pesquisa para integrar energia solar ao cotidiano das lavouras. “Estamos desenvolvendo arranjos que vão beneficiar culturas como a uva, além de integrar lavoura, pecuária e energia — o que chamamos de ILPE”, explicou Ricardo Rosario, assessor especial da pasta.





