
Maior produtor mundial de etanol, derivado da cana de açúcar, o Brasil tem se destacado também na produção de etanol derivado do milho, produto em que os Estados Unidos é o maior produtor.
A produção brasileira registrou no ano passado 33 bilhões de litros e até 2030 esse combustível deverá responder por 40% da produção nacional, com um volume estimado em 10 bilhões de litros (o estado de Mato Grosso é maior produtor no Brasil).
O crescimento está relacionado, principalmente, à evolução genética do milho, que vem resultando em híbridos mais estáveis e adaptados ao clima do Cerrado, ampliando o cultivo em áreas antes consideradas inadequadas.
Francisco Soares, presidente da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), explica que a busca por híbridos mais eficientes tem sido estratégica para atender à demanda da indústria. “O produtor que mira esse mercado prioriza híbridos que entregam estabilidade de produção, alto teto produtivo, precocidade e bom desempenho em diferentes ambientes. Isso garante o volume necessário para a indústria sem comprometer a rentabilidade”, disse o executivo.
Com esse resultado o Brasil torna-se o segundo maior produtor mundial, atrás dos Estados Unidos, que produziram 61 bilhões de litros em 2024.
O etanol de milho reduz em até 70% as emissões de gases de efeito estufa em comparação à gasolina, índice pouco menor do que o etanol da cana de açúcar, que tem reduções que variam de 73% a 82% (com colheira mecanizada, sem queima de biomassa).




