Painel mostra em tempo real o impacto do descarte irregular de lixo

Créditos: Semil/Emae

O Rio Pinheiros já ultrapassou a marca de 100 mil toneladas de lixo flutuante coletadas desde 2023, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Os dados são atualizados no Lixômetro, painel instalado no Parque Bruno Covas, que mostra semanalmente o resultado da limpeza. Só em 2025, já foram removidas 27 mil toneladas de resíduos, 24% a mais do que no mesmo período do ano passado. O investimento na limpeza do afluente já soma R$ 169,4 milhões.

“Este dado é muito relevante e acende um alerta de que devemos realizar o descarte correto do lixo. A participação da sociedade é fundamental para o sucesso da despoluição do rio Tietê e seus afluentes, como o Pinheiros. A remoção dos resíduos flutuantes é apenas uma parte deste trabalho, que é um desafio enorme e beneficia não apenas a fauna e a flora, mas também a qualidade de vida da população do entorno, que hoje pode praticar atividades físicas às margens do rio”, comentou o subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento Básico da Semil, Cristiano Kenji.

Entre os materiais mais encontrados estão garrafas PET, embalagens de isopor e até objetos grandes, como sofás e colchões, que comprometem a fauna, a flora e a qualidade de vida da população do entorno. Para especialistas, a participação da sociedade é essencial: o lixo que chega ao rio vem tanto do descarte irregular direto quanto das chuvas que arrastam resíduos das ruas. O Lixômetro busca justamente conscientizar a população sobre o impacto desse problema e lembrar que a preservação do Pinheiros e do Tietê depende do esforço de todos.