Agricultura sintrópica recupera terra desnutrida pelo uso de agrotóxico e monocultura

Agricultura é a cara da economia brasileira, entretanto, as plantações extensas são extremamente prejudiciais para o solo, que perde toda a sua nutrição e fertilidade devido ao uso de agrotóxicos e o plantio de uma única espécie, que enfraquece a potência da terra para cultivo de outras plantas. Com isso, os terrenos usados para a agricultura acabam ficando inúteis depois de um tempo.

É para reverter esta situação que existe a agricultura sintrópica, um método que estimula e restaura a capacidade do solo com o plantio de espécies diferentes em um mesmo terreno. Pequenos e grandes agricultores podem lucrar com isso e evitar a perda de áreas de plantio.

Para desenvolver uma agrofloresta sintrópica é necessário conhecimento do solo, da necessidade de nutrientes e de como as plantas podem conviver juntas. Nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, o permacultor Bento Cruz vai dar um curso sobre agrofloresta no sítio Pau D’água, em Piracaia, São Paulo. (Permacultura é um sistema agrícola e social que utiliza os padrões e características observados em ecossistemas naturais.)

O tema do curso é inteligência agroflorestal, com foco vai ser no plantio de hortaliças e a multiplicação de sementes que podem ser extintas, transformando áreas degradadas em fonte de alimento e renda.

Bento afirma que é possível plantar alimentos sem destruir a natureza e que reconstruir o solo exige exercício de observação e intuição.