Foto: Divulgação/Imazon/Araquem Alcântara

Dados do Banco Mundial revelam que secas e enchentes têm causado perdas de R$ 13 bilhões por ano e pode levar à pobreza extrema até 2030 nada menos do que três milhões de brasileiros devido a choques climáticos.

Para a professora Gláucia Fernandes Vasconcelos, do Coppead, da UFRJ, esses dados indicam a necessidade de fazermos uma transição urgente para uma economia de baixo carbono, mudança só possível com o envolvimento coordenado de governos, setor privado e sociedade civil. Para a professora, dentro desse contexto, as parcerias público-privadas (PPPs) ganham protagonismo ao possibilitar a implementação de projetos sustentáveis sem sobrecarregar os cofres públicos.

“Já há resultados positivos no Brasil, como a ampliação do uso de ônibus elétricos, incentivo à energia solar e eólica, além de programas de mobilidade urbana sustentável”, avalia.
O financiamento climático também se consolida como motor dessa transição. Ela lembra que o Brasil tem avançado com o apoio de organismos internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Verde para o Clima, além de ações do BNDES e crescimento do mercado de títulos verdes, que superou a marca de US$ 1 trilhão em 2023.

Ela avalia que programas como o Bolsa Verde e políticas de transição justa promovem inclusão social, geração de empregos verdes e redução das desigualdades.

“A construção de uma economia de baixo carbono representa não apenas um imperativo ambiental, mas também uma oportunidade de crescimento econômico sustentável e inclusivo”, afirma.