Proposta da Anel é instalar duas ou mais matrizes energéticas limpas
Por causa do clima misto e das condições ambientais, o Brasil é rico em diversidade de fontes renováveis de energia, mas ainda precisa pensar novas formas de aproveitar melhor os recursos e assim diminuir o impacto ambiental da geração.
A matriz hidrelétrica é a principal do País, responsável por 63,8% da energia gerada, seguida da eólica (9,3%), biomassa (8,9%) e solar centralizada (1,4%), conforme os dados do Ministério de Minas e Energia.
A proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica é a integração das fontes renováveis para melhor aproveitamento da sazonalidade do clima e dos territórios onde estão instaladas as principais matrizes, especialmente as hidrelétricas.
“A diversidade de fontes energéticas renováveis e a evidente complementaridade entre suas características de sazonalidade indicam um enorme potencial de aproveitamento sinérgico entre algumas delas, como a hidreletricidade e a solar”, explicou o presidente Demóstenes Silva, da distribuidora de energia sustentável Base.
A integração pode ser feita aproveitando áreas remanescentes da construção de barragens e reservatórios das usinas hidrelétricas, e as superfícies dos reservatórios bem como áreas sobre as próprias superfícies dos reservatórios, para instalar-se plantas solares, sobre o solo e flutuantes.
Para aproveitar a sazonalidade do clima, Demóstenes conta que o mercado tem trazido tecnologias de armazenamento, que convertem a energia em hidrogênio para produzir eletricidade depois. O hidrogênio é limpo, isto é, não emite gases de efeito estufa.
“Os projetos aprovados para implantação estão próximos de suas conclusões e a expectativa é que, em 2021, sejam apresentadas várias respostas sobre como fazer armazenamento de energia em escala comercial no Brasil”, destacou o presidente.
Numa mesma área, por exemplo, poderia ser instalada usina eólica, aproveitando épocas de bons ventos, e a solar, aproveitando períodos de grande exposição de luz solar.
E fundamental a busca de alternativas para o petróleo. Muitos países já determinaram o fim dos veículos com motor a diesel e até a gasolina.
Além de ser finito, o petróleo é altamente poluente e não é mais bem aceito na sociedade do século XXI, que presa pela redução de poluentes e do respeito ao meio ambiente.