Queda no desmatamento da Amazônia garantiu recuo no nível total de emissões
Todos os setores da indústria brasileira emitiram mais gases de efeito estufa em 2017, mas a redução do desmatamento na Amazônia (-12%), garantiu queda de 2,3% na emissão total de gases, segundo dados do SEEG, Sistema de Estimativas de Emissões de Gases, que faz parte do Observatório do Clima.
“Apesar da redução do desmatamento na Amazônia, houve aumento no Cerrado e depois de dois anos de queda, as emissões dos outros setores voltaram a crescer”, disse Tasso Azevedo, coordenador técnico do SEEG.
O setor mais expressivo é a agropecuária, responsável por 24% das emissões de gás carbônico no País, que também recuou: 0,9% e passou de 500 para 495 milhões de toneladas de gases emitidos. Uma queda ínfima.
O aumento mais expressivo (4%) foi no setor de processos industriais, que saiu de 95,6 milhões de gases emitidos para 99 milhões. O setor de energia teve aumento de 2% (saiu de 424 para 431 milhões de toneladas emitidas) e o setor de resíduos teve alta de 1,5% (de 89 milhões para 91 milhões).
O recuo poderia ter sido maior, mas além dos demais setores, o desmatamento no Cerrado brasileiro subiu 11% no ano passado e foi de 144 milhões para 159 milhões de toneladas de gás carbônico.