– Objetivo e melhorar a saúde da população e reduzir o efeito sobre o aquecimento global

carne

A China edita um guia alimentar nacional, com o objetivo de oferecer informações para que a população tenha uma alimentação mais saudável e sustentável. Na recente atualização do guia, o governo, com o apoio da Sociedade Chinesa de Nutrição e da organização 5 To Do Today, inicia uma campanha para que seja reduzido pela metade o consumo de carne.

A redução de consumo de carne vai contra a tendência mundial, que deverá aumentar 76% até 2050. Desde 1978, o consumo de carne na China aumentou seis vezes e hoje o país é responsável por 28% do consumo de carne e produtos lácteos e metade da carne de porco do mundo. Daí a necessidade de controlar esse avanço.

A proposta deve ter a aceitação da população: uma pesquisa indica que 83% dos cidadãos estão dispostos a comer menos carne.

“O consumo excessivo vai impor efeitos adversos sobre o nosso corpo, afetando a nossa saúde no longo prazo”, disse Yuexin Yang, presidente da Sociedade Chinesa de Nutrição.

Além disso, a redução é positiva no campo ambiental, pois a pecuária é uma causas do aquecimento global: representa 14,5% do total das emissões de gases estufa do mundo, o equivalente ao combustível queimado por todos os veículos automotores do mundo.

“Com esse tipo de mudança de estilo de vida, espera-se que a indústria pecuária se transforme e as emissões de carbono sejam reduzidas”, disse Li Junfeng, diretor do Centro Nacional de Estratégia de Mudanças Climáticas e Cooperação Internacional.

O nível de consumo de carne em todo o mundo não é sustentável e tem grande impacto sobre a saúde da sociedade e do meio ambiente. Estudos mostram que a pecuária tem uma produção altamente ineficiente da terra e da água e favorece o desmatamento e a perda de biodiversidade.

A campanha publicitária na China envolve um filme com participação do diretor James Cameron, do ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e da atriz mais famosa da China, Li Bingbing.